domingo, 21 de fevereiro de 2016

Tag: Os oito odiados

Ola, amigues! O Augusto do Abóbora Nerd me indicou na TAG Os 8 Odiados, que é inspirada no filme homônimo de Quentin tarantino. Eu fiz minha seleção de personagens, espero que vocês gostem da postagem e compreendam meus motivos:

Senador Palpatine (Darth Sidious)
É tipo um tal de Eduardo Cunha. Um político extremamente corrupto e praticamente um gerente da corrupção. Ele trama, com artifícios políticos e discursos muito profissionais, e muitas ações ‘por debaixo dos panos’ maneiras de acender o poder, passou de senador para chanceler até que atingiu sua supremacia comandando o Império em Star Wars.  Ele é um sujeito pervertido pela ambição que foi moldado pelo lado negro da força. É graças a ele que Anakhin se corrompeu, tornando-se Darth Vader (tá gente, eu sei que isso é importante pra trama, que sem isso nem teríamos o tão aclamado Darth Vader, ainda assim não vou deixar de odiá-lo porque ele é realmente do mal).

Bartô Crouch Jr
Embora tenha torturado os pais de Neville Longbottom, acredito ele é muitas vezes esquecido pelos fãs, alguns até o valorizam como professor de defesa contra as artes das trevas – cargo que ele ocupou ao sequestrar o Olho Tonto Muddy e se passar por ele usando a poção polissuco. Além de ser um professor perverso, que usou maldições proibidas dentro da sala de aula ele ainda é um dos responsáveis por torturar os pais de Neville (juntamente com a Bellatrix). Quem viu o filme deve se lembrar dele usando a maldição da tortura numa aranha meio bizarra, bem na frente do Neville, que fica perturbado. Mione pede ao professor que pare por estar fazendo mal a ele, numa cena seguinte ele está olhando fixamente para uma imagem triste num vitral da escola. Eu fiquei chocada por não ter nos filmes a cena onde os pais do Neville aparecem no hospital ST Mungos, daria para os fãs verem o quão a maldade dele e da Bella arrasaram a família Longbottom.

Belatrix Lestrange:
Como mencionei acima, a criatura repugnante participou da tortura que levou os pais de Nevile a loucura. Além disso, ela é notoriamente uma psicopata, muito perigosa e perversa. Devem lembrar-se daquele grito insuportável dela (que alguns fãs amam) dizendo “Eu matei Sirius Black, hahahahá”. Gente, ela matou o padrinho do Harry Potter, ela matou uma pessoa! E é uma comensal da morte, não da pra ficar romantizando a psicopatia dela, isso também é doentio. Em Relíquias da Morte ela tortura a Hermione e faz cortes no braço dela para escrever mudblood (sangue-ruim). Não vou me estender muito em Harry Potter porque tem bastantes personagens odiáveis por lá (Voldemort, GreyBack, Lucius...). Ah, e por favor, não confundam o amor ao trabalho da atriz com o amor bestial pela personagem.

Striker:
William Stryker é um vilão do Universo Marvel, inimigo dos X-Men. Criado por Chris Claremont e Brent Anderson. Sua primeira aparição foi em 1982 na graphic novel X-Men: God Loves, Man Kill lançada no Brasil em Janeiro de 88 com o nome de X-Men: O Conflito de uma Raça pela editora Abril e em 2003 como X-Men: Deus Ama, o Homem Mata pela editora Panini. Em X-Men: Deus Ama, o Homem Mata, O Reverendo Stryker é um cristão fundamentalista que se viu como o escolhido de Deus para destruir a raça mutante. O roteiro de X-Men: Deus Ama, o Homem Mata foi levemente adaptado para o segundo filme dos X-Men, X2: X-Men United. Interpretado por Brian Cox, Stryker é um perigoso coronel do exército com um desejo fervente de destruir os mutantes. Nos quadrinhos, Stryker é um personagem com um caráter mais obscuro e proeminente, e diferente do filme, não tem relação nenhuma com o Projeto Arma-X e nem com Lady Letal.(Wikkipédia)

Ele é tipo um doutor bizarro! Ele aparece em X-man 2 como o cara que tenta acabar com o  poder dos mutantes. Comparando novamente ele seria tipo aqueles religiosos fanáticos que se embrenham na política e que querem destruir os gays, que são tão hipócritas a ponto de falarem em cura gay (como se a homossexualidade fosse doença, e não é). É ainda mais bizarro porque ele tem um filho mutante. O poder do filho é instável, um acidente na infância levou sua própria mãe a morte e o sujeito nunca o perdoou. Ele seguiu sua vida buscando aprendizagens e agindo de maneiras absurdamente inescrupulosas na sua ambição de aniquilação dos mutantes. Inclusive foi ele que submeteu o Wolverine aos experimentos que colocaram adamante em sobre seus ossos. 

Valete de Copas (Alice in Wonderland)
ILOSOVIC STAYNE, O VALETE DE COPAS (interpretado por Crispin Glover) é o chefe do exército da Rainha Vermelha. Com quase 2,15 metros de altura, um rosto assustador e um tapa-olho em forma de coração cobrindo o olho esquerdo, Stayne é um personagem arrogante e evasivo que segue as ordens da Rainha Vermelha. Ele é o único capaz de tranquilizá-la e acalmar sua dramática mudança de humor. “Sou como um marechal para a Rainha Vermelha”, explica Glover. “A Rainha Vermelha tem reações muito explosivas com relação ao que as pessoas fazem e meu personagem precisa ser muito diplomático. Seu lado obscuro emerge nas sombras dos corredores do castelo”.(O Camundongo)
O sujeito é muito torpe. Acompanha a Rainha de Copa no reino, como um ‘fiel’ comandante. Mas a ganância dele não tem limites, bem como suas artimanhas. Poderiam dizer que ele apenas segue ordens, mas é muito mais do que isso. Ele serve ao mal com prazer, sua presença exala traição e maldade. Numa cena final do filme, ao ser algemado com a Rainha Vermelha ele chega a tentar matá-la!

Gale (THG/ ódio hard por ele)
Esse aqui quem leu vai ter muito mais facilidade pra entender do que quem apenas viu os filmes. O Gale parece o tipo de pessoas que viveria tranquilamente num relacionamento abusivo- onde ele fosse o abusador. Eu chego a ficar horrorizada com quem shippa Gale e Katniss. É bom que percebem que a armadilha usada contra a capital, que consiste em atacar e dar tempo ao inimigo para tentar salvar os feridos, e dar um segundo golpe para exterminar a todos – o plano que fez com que a Prim morresse- é uma das ideias de armadilhas que o Gale apresenta no distrito 13 (no livro isso fica evidente, no filme nem tanto). O snow faz a Katniss refletir quando a isso e as ações da nojenta da Coin (mesmo que eu ache o Snow um sujeito abominável, ele é de uma capacidade de raciocínio invejável, um líder nato).

Clarkson ( pai do Príncipe Maxon em A seleção-Kiera Kass):

Ele chicoteava o raciocínio filho!!! Embora a autora tente nos explicar as coisas da personalidade ‘forte’ e cruel dele, eu não consigo engolir. Ele pode até ter sido criado pela maldade, mas ele certamente a abraçou como uma igual.


A sociedade homofóbica apresentada em Orações para Bobby
Ai você pergunta “Ué, Kaya! Mas isso não é uma pessoa/personagem”. Pois é amigues, lidem com isso: a sociedade homofóbica é abominável – na vida real e na ficção. Tudo que acontece ao Bobby é fruto dessa sociedade que perpetua o machismo e que usa fundamentos religiosos para atacar pessoas. Eu chorei muito ao ver o filme. Sofri pelo Bobby, e sofri também por sua mãe. Sei que ela fez e disse coisas terríveis, mas se o fez é porque a homofobia estava plantada na sua alma, essa semente de ódio é plantada pelo machismo e foi cuidado e regada por preceitos religiosos desumanos. 

5 filmes e 5 livros para encantar o seu dia

Existem filmes que nos ofertam momentos de puro encanto, magia ou reflexão quando os assistimos. Por isso resolvi trazer aqui pro blog alguns desses filmes, cada um deles muito importantes para mim.

Filmes:

A Máscara da Ilusão
Helena (Stephanie Leonidas, de Yes) é filha de donos de circo, mas gostaria de ter uma vida normal. Subitamente, sua mãe, Joanne (Gina McKee, de Desejo e Reparação) adoece e, no dia seguinte, Helena acorda em um mundo paralelo ao seu, onde tudo é igual e diferente ao mesmo tempo, monstros e bestas são vistos normalmente passeando pela cidade, os habitantes usam máscaras e não mostram seu rosto (o que faz de Helena um ser estranho naquele mundo), gigantes existem, uma sombra negra devora tudo e livros ganham vida.

O filme brinca com a realidade, foi produzido com uma preciosa valorização dos detalhes. Cada cena, cada personagem ou cenário foram construídos para levar o espectador para um universo de surrealidade. É como estar dentro de um sonho bizarro, porém fascinante. O bem o o mal parecem conceitos feitos de massinha, que se moldam, escorrem ou se misturam indefinidamente. O amor maternal, os conflitos familiares, a rebeldia e a amizade são nos apresentadas com força e nos alcançam feito um abraço devorador. Quem conhece o trabalho de Gaiman (que também criou Coraline) sabe bem como ele consegue criar o sublime. Criaturas sinistras, algumas um pouco assustadoras, pessoas com mentes inquietantes e metáforas tomando forma física são apenas alguns dos elementos do filme. 

Dublê de Anjo
Los Angeles, anos 20. Roy (Lee Pace) é um dublê de cinema que sofreu um acidente e por isso se encontra em coma em um hospital, é onde conhece a pequena Alexandria (Cantinca Untaro) que com seu braço quebrado passa a visita-lo com frequência para que ele conte suas mirabolantes histórias. Ele começa a contar uma jornada épica, sobre cinco heróis míticos que possuem apenas uma coisa em comum, o desejo de vingança do Governador Odious. Para continuar contando, Roy decide fazer uma troca com a menina, pedindo que ela o levasse um remédio, comprimidos que o fariam morrer, e sem que ela soubesse do efeito de tudo isso, Alexandria vai tentando, através de sua história, reencontrar a luz que faltava no dublê, que tão repleto de amargura e ressentimentos já não é mais capaz descrever um final feliz. 

O filme mescla fantasia e realidade, de um lado vemos um dublê que se acidentou em trabalho e tanta recuperar-se de outro uma menina de alma solitária que se torna amiga e admiradora- sem saber que ele planeja acabar com a própria vida. Eles passam a se encontrar com frequência, enquanto ele tenta se recuperar, a cada visita o dublê lhe conta uma parte de uma incrível história. A toda uma linguagem poética expressa em cada gesto e palavra dita. A história está repleta de personagens e conflitos reflexivos que se somam a reflexão do filme sobre amizade e persistência.

A menina no Pais das Maravilhas
Phoebe Lichten (Elle Fanning) sonha em participar da peça "Alice no País das Maravilhas", que será encenada na sua escola, mas é sempre rejeitada pelos colegas de classe. Isto faz com que seu comportamento piore cada vez mais, preocupando seus pais, Hillary (Felicity Huffman) e Peter (Bill Pullman). Eles tentam ajudar a filha, mas Phoebe prefere se esconder em suas fantasias. Aos poucos, ela passa a confundir a realidade com seus sonhos.

É impossível não se emocionar com o filme. Vemos uma mãe muito ocupada com seu trabalho- que relaciona-se com Alice no País das Maravilhas, e sua filha tem um síndrome que lhe rende momentos delicados em sala de aula. Ela as vezes fala coisas sem querer, xinga as pessoas involuntariamente, cospe e tem ações compulsivas ( como se prender a uma contagem ao caminhar/dançar). A medida que a mãe se aprofunda no trabalho sobre Alice ela se afasta da filha, e a filha acaba entrando num universo fantasioso onde ela quer ser Alice, o que se mistura com a realidade quando surge a oportunidade dela representar a personagem numa peça da escola. A professora de teatro é uma senhora incrível, com metologias admiráveis e uma inclinação natural à arte. Vários conflitos e discussões são abordados no filme, inclusive a aceitação por parte da mãe de que a filha está com problemas ( no inicio ela se recusa a acreditar, mesmo com a informação partindo de uma Psicologa).

My name is Khan
O filme “My Name is Khan” conta a história de Rizvan Khan, um indiano portador da síndrome de Asperger's, um tipo de autismo. Depois que se muda para os Estados Unidos, Khan se apaixona por Mandira, uma cabeleireira separada que vive com o filho Sameer (Sam). Khan é maometano e Mandira, hindu, mas suas diferenças religiosas não impedem que se casem. Os problemas começam com o 11 de Setembro, quando passam a ser atacados por sua origem étnica e devido a generalizações preconceituosas. Depois de sofrer bullying por parte de colegas, Sam é morto em uma briga, e Mandira, revoltada, culpa o marido, e lhe diz que ele só poderia voltar depois que dissesse ao presidente da república que ele não é um terrorista, e que o filho dela também não era. Rizvan interpreta isso literalmente, e empreende uma peregrinação para ter sua esposa de volta.

O protagonista do filme é um homem autista. Ele é maometano e faz parte de um grupo onde um sujeito tentou inspira-los ao terrorismo, ele prontamente se monstra contra e acusa o cara de ser um falsário perverso. Entre diversos incidentes, incluindo a morte de seu filho, ele acaba partindo numa busca para falar com o Presidente dos estados Unidos. Nesse momento em que se fala tanto em imigração e tolerância religiosa- especialmente quanto a muçulmanos- esse filme é uma ótima ferramente para inspirar discussões positivas sobre o assunto. 

Ponyo, uma amizade que veio do mar
Sosuke (Hiroki Doi) é um garoto de cinco anos que mora em um penhasco, com vista para o Mar Interior. Um dia, ao brincar na praia, encontra Ponyo (Yuria Nara), uma peixinho dourado cuja cabeça está presa em um pote de geleia. Ele salva a peixinho e a coloca em um balde verde. Trata-se de amor à primeira vista, já que Sosuke promete que irá cuidar dela. Só que Fujimoto (Jôji Tokoro), que um dia foi humano e hoje é feiticeiro no fundo do mar, exige que Ponyo retorne às profundezas do oceano. Para ficar ao lado de Sosuke, Ponyo toma a decisão de tornar-se humana.

O estúdio Gibli já tem um histórico invejável de grandes produções. Ele trabalha com animações que parecem ter sido produzidas no intimo da alma humana. Os traços dos personagens entre seus filmes são muito característicos, o que permite muitas vezes que só de olhar pra uma imagem de um filme  já seja possível dizer se pertence ou não ao estúdio. Nesse filme uma pequena criaturinha do mar deseja fugir do controle de seu pai, que a priva de liberdade. Ela foge para o mundo dos humanos e conhece um garotinho muito fofo, ele a leva para sua casa dentro de uma baldinho e lhe dá o nome de Ponyo. Há um momento em que eles se separam, o pai dela está tentando captura-la e ela usa seus poderes para se transformar numa menina humana. A história gira em torno da busca pela liberdade e o despertar da amizade. 

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